Buenas!
No “Momento Musical” de hoje, uma referência ímpar no cenário
musical brasileiro, recheada de saudade, nostalgia, poesia e melodia...
Em 1978, em Brasília-DF, surgiu uma banda de amigos
adolescentes chamada de “Aborto Elétrico” (múltiplas versões explicam esse
nome), composta originalmente por Renato Manfredini Júnior (contrabaixo e
vocal), André Pretorius (guitarra) e Fê Lemos (bateria). Com o passar do tempo,
André saiu da banda e outros integrantes por ali passaram, como o irmão de Fê,
Flávio Lemos. Após constantes brigas entre Renato e Fê, a banda acabou. A
partir daí, Flávio e Fê juntaram-se a Dinho Ouro Preto e formaram o “Capital
Inicial”, e Renato formou aquela que foi, é e sempre será um dos marcos da
Música de nosso país: o “Legião Urbana”.
Originalmente composta por Renato, Marcelo Bonfá, Paulo
Paulista e Eduardo Paraná, rapidamente a banda tomou sua forma que permaneceu
em atividade (com uma ou outra passagem de músicos) até a morte de Renato (em
11 de outubro de 1996, com apenas 36 anos): Renato, Marcelo (bateria) e Dado
Villa-Lobos (violão e guitarra).
Com letras que abordam diversas temáticas, Renato escreveu
canções que contavam histórias (como a inesquecível “Eduardo e Mônica” ou a
histórica “Faroeste Caboclo”, uma das mais conhecidas da banda), outras que
mostravam indignação (destaque para “Que País é Este?”, herança da Aborto
Elétrico), algumas com alta carga filosófica e introspectiva (como “Índios”, “O
Teatro dos Vampiros”, “Metal contra as Nuvens” e aquela que talvez é o maior sucesso
da banda: “Pais e Filhos”, que aborda um tema delicado e fala da necessidade e
importância do amor) e muitas falando de relacionamentos (na maioria das vezes
frustrados), como “Mil Pedaços”, “Sete Cidades”, “Hoje à Noite não tem Luar”,
“Por Enquanto” (famosa na voz de Cássia Eller) e principalmente “Vento no
Litoral” (essa é “pesada”...).
Também houve espaço para canções com mensagens de motivação e
de otimismo, como “Quando o Sol Bater na Janela do teu Quarto” e “Mais uma
Vez”.
Logicamente, Renato escreveu canções tristes como “Love in
the Afternoon” (que mesmo com o título em inglês tem a letra em português) e
clássicos como “Será”, “Eu Sei”, “Tempo Perdido” e a belíssima “Monte Castelo”.
Recomendo uma “ouvida-teste” pra quem ainda não conhece (isso
é possível?), ou uma pesquisa sobre alguma das canções que citei. Vale a pena. Importante
ressaltar que Renato além de grande poeta, era um fantástico cantor. Subjetivo
no palco e com uma grande potência vocal, muitos fãs faziam questão de ir aos
shows motivados pela certeza de que Renato improvisaria “discursos” e conselhos
fundamentados com grande qualidade intelectual e emocional.
Um legado
imensurável, belas poesias e melodias e muita saudade...
Jhou Batera
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Cabeludo
Jhonata
Almeida
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